Começo por partilhar uma frase, que um dia partilharam comigo, e... que significa muito para mim: "A nossa maior glória não está em nunca cairmos, mas sim em nos levantarmos de cada vez que caímos." (Confúcio, 500 a.c.)

17
Nov 09

Quem me conhece sabe que um dos meus maiores desejos (há muitos, muitos anos) é ser mãe.

Talvez porque tenho como referência a minha MÃE.

A minha (nossa) mãe viveu e vive muito em função de nós! Das nossas alegrias, tristezas, sucessos, conquistas…!

Abdicou de uma carreira profissional... também por nós.

Esteve e está sempre presente e atenta às nossas particularidades.

A sua maior preocupação foi transmitir-nos valores e ensinar-nos a "sentir", a reflectir... Já lhe disse algumas vezes, quando me desiludo com os outros, quando não entendo comportamentos e atitudes, que não sei se nos educou para o mundo em que vivemos, apesar de ter a certeza que nos educou muito bem ... da forma que eu gostaria de um dia educar um filho meu!

E porque a sociedade muda, mudam as mentalidades, as formas de educar e transmitir valores.

Mas será que a mudança é mesmo como no texto que a seguir partilho???

Fiquem bem,

 
"Para pensar"

O autor deste texto é João Pereira Coutinho, jornalista. Vale a pena ler!

"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê.

Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. 

É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a tomar  Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. 

Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"  

 

 Beijinhos

publicado por Filipa às 23:04

comentário:
Compreendo tudo o que o autor escreve. No entanto amiga Filipa creio que nas presentes condições é mais atingível e objectivável a excelência do que a felicidade. Até porque a excelência é um nível e a felicidade é um caminho de construção contínua.

Domingos
dom.bacelar a 30 de Novembro de 2009 às 22:51

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